Blog dedicado a temas da Fé Católica e à Família.

Artigos com orientações, explicações e comentários que possam esclarecer e trazer entendimento às pessoas sobre a Fé Católica, além de artigos sobre questões que digam respeito à orientação, análises comportamentais e avaliação de questões que atingem a família e a sociedade, sempre tendo como base a ótica do Cristianismo Autêntico.

Fique claro que não falo em nome da Igreja nem me dou o direito de interpretar pessoalmente os Sagrados Ensinamentos. Em meus artigos, tentarei ser o mais fiel possível a estes ensinamentos, porém sou humano. Caso haja alguma discrepância, sinta-se a vontade para deixar uma mensagem e buscarei os fundamentos para correções que notar necessárias após consultar fontes confiáveis e dignas de crédito.

domingo, 13 de novembro de 2011

Deus Caritas Est - Deus é Amor - Introdução do Documento Pontifício

[Transcrição integral da introdução do Documento Pontifício, feita pelo próprio Sumo Pontífice, Papa Bento XVI]

"Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele (1 Jo 4, 16). Essas palavras da 1ª Carta de João exprimem, com singular clareza, o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e de seu caminho. Além disso, no mesmo versículo, João oferece-nos, por assim dizer, uma fórmula sintética de existncia cristã: "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem".

Nós cremos no amor de Deus - desse modo pode o cristão exprimir a opção fundamental de sua vida.

No início do ser cristão não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, assim, o rumo decisivo. Em seu Evangelho, João expressou este acontecimento com as seguintes palavras: "Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único para que todo o que n'Ele crer (...) tenha a vida eterna" (3,16).

Com a centralidade do amor, a fé cristã acolheu o núcleo da fé de Israel e, ao mesmo tempo, deu a esse núcleo uma nova profundidade e amplitude. O crente israelita, de fato, reza todos os dias com as palavras do Livro do Deuteronômio, nas quais sabe que está contido o centro de sua existência: " Escuta, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças" (6,4-5). Jesus uniu - fazendo deles um único preceito - o mandamento do amor a Deus com o mandamento do amor ao próximo, contido no Livro do Levítico: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (19,18; cf. Mc 12,29-31).

Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4,10), agora o amor já não é apenas um "mandamento", mas a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro.

Num mundo em que ao nome de Deus se associa às vezes a vingança ou mesmo o dever do ódio e da violência, esta é uma mensagem de grande atualidade e de significado muito concreto. Por isso, em minha primeira Encíclica, desejo falar do amor com que Deus nos cumula e que deve ser comunicado aos outros por nós. Estão assim indicadas as duas grandes partes que compõem esta Carta, profundamente conexas entre elas:

A primeira terá uam índole mais especulativa, pois desejo - no início de meu Pontificado - especificar nela alguns dados essenciais sobre o amor que Deus oferece de modo misterioso e gratuito ao homem, juntamente com o nexo intrínseco daquele Amor com a realidade do amor humano.

A segunda parte terá um caráter mais concreto, prque tratará da prática eclesial do mandamento do amor ao próximo. O argumento que aparece demasiado amplo; uma longa explanação, porém, não entra no objetivo da presente Encíclica. Meu desejo é insistir em alguns elementos fundamentais para, desse modo, suscitar no mundo um renovado dinamismo de empenho na resposta humana ao amor divino.

Bento XVI, PP

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[Me eximo de comentários. O texto fala por si. Beny]

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